quinta-feira, 28 de julho de 2011

Giovanni Pierluigi Palestrina




Palestrina (Italia) - Estátua dedicada ao compositor

            Giovanni Pierluigi da Palestrina, nascido em 3 de fevereiro de 1525 em Palestrina (Itália) e falecido em 2 de fevereiro de 1594, em Roma, foi um compositor renascentista de missas, madrigais e motetes, tendo se consolidado como um mestre da composição. Seu talento musical se manifestou no final da infância, vindo, por isso, a estudar música em 1537 como cantor na escola da Basílica de Santa Maria Maior, retornando à sua cidade natal em torno de 1544 como organista.
A produção musical de Palestrina, apesar de vasta, manteve um padrão notavelmente alto tanto em obras sacras quanto seculares. Suas missas abraçam muitos estilos diferentes, e o número de vozes utilizadas são entre quatro e oito. A técnica de usar um cantus firmus (melodia preexistente utilizada em uma parte da voz) como o tenor é encontrado em missas, como Ecce sacerdos Magnus; L’Homme arme; Ut, re, mi, fá, sol, la; Ave Maria; Tu es Petrus; e Veni Creator Spiritus. Estes títulos referem-se à fonte do cantus firmus.
A maestria e engenhosidade contrapontística de Palestrina pode ser apreciada em toda a extensão de suas missas canônicas (na qual uma ou mais parte das vozes são derivadas de um outro trecho de voz). Sua capacidade de ornamentar e decorar um cantochão solene, tornando-o parte integrante da textura e às vezes quase indistinguível das outras peças compostas livremente é evidente em algumas de suas missas.
                Seus 29 motetes baseados em textos do Cântico dos Cânticos contém inúmeros exemplos de “madrigalismos”: uso de frases musicais sugestivas que evocam características pitorescas, aparentemente para o ouvido ou aos olhos, às vezes a ambos. Nos ofertórios, Palestrina abandona completamente a técnica do cantus firmus e escreve uma música em estilo livre, enquanto que nos hinos que ele parafraseia a melodia tradicional geralmente na voz mais alta. Em Lamentações de Jeremias ele traz contraste eficaz para suportar as seções com texto hebraico e latim, sendo a primeira melismática (florido vocalizado) em grande estilo e este último mais simples e solene. Seus Magnificats são principalmente em quatro grupos de oito, cada conjunto compreendendo um Magnificat em um dos oito “tons”.
                     Apesar dos madrigais de Palestrina serem geralmente considerados de menor interesse do que a sua música sacra, ele mostram um senso aguçado para os elementos pictóricos e pastoral. Além disso, ele deve ser lembrado por sua exploração precoce do soneto narrativa em forma de madrigal, nomeadamente em Vestiva i colli, que foi reimpresso freqüentemente e imitado. Suas configurações de poemas de Petrarca também são de uma ordem excepcionalmente alta.
                    Palestrina, ao contrário de Johann Sebastian Bach, não precisou ser redescoberto no século XIX, embora a disseminação de sua realização foi ajudada pelo interesse de compositores românticos. Em sua época, Palestrina era uma figura sênior que, utilizando o estilo dominante de seu tempo, criou obras notáveis por suas qualidades espirituais e domínio técnico.
                    A vida de Palestrina foi mais agitada que a serenidade imperturbável da sua arte deixa entrever. Foi, sucessivamente, regente da capela Giulia, cantor na capela papal, regente do coro de San Giovanni in Laterano, de Santa Maria Maggiore e por fim, de San Pietro in Vaticano. Mudou-se tanto porque, até sua música ser reconhecida pelo Vaticano, houve muitos conflitos. Embora não fosse clérigo e tivesse se casado em 1547, Palestrina foi aceito como coralista no Coral do Vaticano pelo Papa Julio III em 1555. Porém, com a entrada de Paulo IV no papado, todos os cantores casados, inclusive Palestrina, foram demitidos. Depois, Palestrina ainda retornou como mestre de coro no vaticano até a sua morte.
Palestrina nos deixou um legado de 375 motetes, 140 madrigais e 104 partes de missas.



FONTES:

http://www.fondpalestrina.org  (acessado em 05 de Junho de 2011)

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